Fuselo

Limosa lapponica

Taxonomia: Ordem: Charadriiformes; Família: Scolopacidae

Estatuto de conservação: Global (UICN): LC (Pouco preocupante; Europa (SPEC): Non-SPEC (Não concentrada na Europa e com estatuto de conservação favorável); Portugal (ICNB): LC (Pouco preocupante)

Protecção legal: DL n.º 140/99, de 24 de Abril: Anexo A-I; Convenção de Berna: Anexo II; Convenção de Bona: Anexo II

Tipo de ocorrência: Invernante (I); Migrador de passagem (MP)

Abundância local: Ocasional

Dados biométricos: Comprimento: 33 a 42 cm; Envergadura: 70 a 80 cm; Peso: F - 400 a 450 g ; M - 280 a 380 g; Longevidade: 18 anos

Identificação: Parecido com o Maçarico-de-bico-direito diferencia-se deste por apresentar um bico ligeiramente mais curto e com ligeira curvatura para cima, dorso mais malhado e patas e corpo mais pequenos. Em voo, são visíveis mais algumas diferenças como a cauda barrada e a ausência de painéis brancos nas asas. Na plumagem de Verão, o bico é escuro assim como o dorso. Nessa época, o macho e a fêmea apresentam diferenças nas tonalidades, sendo o primeiro vermelho-ruivo nas faces, pescoço, peito e abdómen, enquanto a fêmea é mais pálida. O fuselo efectua um voo forte, directo e poderoso.

Fuselo (Limosa lapponica) Biologia da espécie: Nidifica nas zonas costeiras e pantanosas da Tundra, no Norte da Europa. Invernante na Península Ibérica, distribuída principalmente pela vertente atlântica, pode ser observada, essencialmente, em estuários. Fortemente gregária, desloca-se em bandos compactos, associando-se a outras espécies de limícolas como os ostraceiros. Procura alimento em bando, especialmente nas areias e rochas descobertas pela baixa-mar (refugiando-se na preia-mar nos sapais das áreas confinantes), em águas pouco profundas, ou na vegetação. Esse alimento consiste em
pequenos invertebrados, tais como anelídeos, pequenos moluscos, crustáceos e larvas de insectos. Nidifica numa pequena cavidade revestida no solo.

Curiosidades: Recentemente (2007) um fuselo tornou-se a ave que efectuou o mais longo voo sem paragens. Utilizando sistemas de posicionamento global, algumas aves foram seguidas desde a Nova Zelândia até ao Mar Amarelo. A distância entre os dois locais é de 9575 km, mas o percurso real efectuado pela ave foi de 11026 km. Trata-se do mais longo voo sem paragens efectuado por qualquer ave. O voo demorou cerca de nove dias. Uma fêmea específica deste bando, alcunhada E7, continuou a voar desde o Mar Amarelo até ao Alasca e em 29 de Agosto de 2007 partiu do Alasca em direcção à Nova Zelândia, estabelecendo um novo recorde de voo sem paragens ao percorrer 11570 km.

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