Maçarico-real

Numenius arquata

Taxonomia: Ordem: Charadriiformes; Família: Scolopacidae

Estatuto de conservação: Global (UICN): NT (Quase ameaçado; Europa (SPEC): SPEC 2 (Concentrada na Europa e com estatuto de conservação desfavorável); Portugal (ICNB): LC (Pouco preocupante)

Protecção legal: Convenção de Berna: Anexo II; Convenção de Bona: Anexo II

Tipo de ocorrência: Invernante (I); Migrador de passagem (MP)

Abundância local: Acidental

Dados biométricos: Comprimento: 50 a 60 cm; Envergadura: 80 a 100 cm; Peso: F - 675 a 950 g ; M - 575 a 800 g; Longevidade: 32 anos

Identificação: O maçarico-real é uma limícola de grande tamanho, evidenciado pelas enormes dimensões do seu bico encurvado e fino. Listras e riscas castanhas-acinzentadas uniformemente distribuídas, podendo ser facilmente confundido com o maçarico-galego. Distingue- se sobretudo pelas maiores dimensões, pelo bico proporcionalmente mais longo, pela listra superciliar menos marcada e pelo menor contraste entre o padrão das asas e o abdómen. Quando em voo, as diferenças de dimensão são mais facilmente perceptíveis, assim como a forma da mancha branca no uropígio, que é maior no maçarico-real. Voo lento e, à distância, semelhante ao do pato.

Biologia da espécie: Na Península Ibérica é essencialmente migrador de passagem e invernante. Os efectivos concentram-se principalmente nos grandes estuários, e noutras pequenas zonas húmidas junto à costa. Pode ainda ser encontrado em pastagens e, raramente, em zonas húmidas continentais. Tem como área de eleição para a nidificação o Norte da Europa, onde constrói o seu ninho em depressões escavadas no solo. Alimenta-se principalmente de invertebrados (insectos e respectivas larvas, pequenos crustáceos e moluscos) que apanha enquanto anda, picando ou sondando a lama húmida. No Outono alimenta-se ainda de bagas e sementes. É uma espécie extremamente cautelosa durante a época de reprodução, ao mínimo ruído desencadeia a fuga.

Curiosidades: Bastante tímido. Em voo de exibição executa subidas acentuadas (silenciosamente), depois desliza com um “triste” e reprimido “uu-OUHP, uuOUHP...” cujas notas se tornam gradualmente agudas e compassadas, emergindo num claro, exultante e rítmico trinado. O chamamento de alarme é um intenso e bastante rouco “CUIUuiuuiuuiu”. Batimento de asas compassado, pescoço retraído, em voo, à distância lembra o alcatraz-preto. O chamamento é um assobio prolongado e melódico “QUIUiurlii”, em migração profere um mais ansioso “QUIUii-QUIUii-QUIUH”.

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Guarda-Rios do Lima

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